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quarta-feira, 4 de maio de 2011

O que realmente importa?


É ótimo podermos olhar uma vitrine, gostar do que vemos e simplesmente comprarmos. Da mesma forma é muito bom podermos viajar, comprar um carro novo, frequentar bons restaurantes, comprar uma casa nova... Realizar nossos sonhos e desejos de consumo é algo que faz parte da vida. Trabalhamos, ganhamos nosso dinheiro e fazemos planos de como iremos gastá-lo.

Não acho que ambição seja um sentimento ruim. No entanto, quando a ambição toma conta das pessoas e estas se tornam escravas do dinheiro e de todas as coisas que ele pode proporcionar, entre elas e, principalmente, status de poder, eis que surge o grande problema.

Calma! Não vou ser hipócrita ao ponto de defender que não necessitamos de dinheiro, ou que ele é algo sem importância nas nossas vidas, mesmo porque isso é algo intrínseco à sociedade capitalista que vivemos. Chamo apenas atenção para aqueles casos em que as pessoas comem, respiram e vivem “dinheiro”.

Convivi e inevitavelmente ainda convivo com pessoas assim. Acho que elas talvez já tenham se esquecido de que nós é quem deveríamos mandar no dinheiro e não ao contrário. Não conseguem trocar meia dúzia de palavras sem citar as coisas que comprou, os lugares que já frequentou, as pessoas da “sociedade” com as quais se envolveu, os amigos “importantes” que têm, qual cargo de chefia ocupam ou de qual “linhagem real” vieram. Como se isso tivesse a mesma importância para todas as pessoas!

E baseados nesse sentimento mesquinho de serem melhores que os outros por causa do dinheiro e de tudo que representam, se acham investidos de grande poder para julgar os outros. Mais ou menos assim: “Nossa! Você não pode namorar o fulano, ele nem é juiz ou médico”; “Você usa essa marca desconhecida? Eu só uso aquela tal!”; “Prefiro viajar para o exterior, frequentar outros ambientes”; “Eu troco de carro todo ano!”; “Eu não frequento esse lugar, olha o tipo de gente que frequenta”... Alguma vez já ouviu isso e ficou irritado?

Parece que valores e sentimentos como a amizade, honestidade, sinceridade, humildade e muitos outros são constantemente deixados para trás em detrimento de dinheiro, status e poder. É como se não importasse quem você é, quais qualidades possui ou que de bom pode oferecer. Tudo que parece importar é o quanto você tem, e o que isso representa para sociedade.

Repito, não estou defendendo que temos que fazer voto de pobreza e esquecer que dinheiro existe. Mas, tenho certeza, que há coisas, pessoas e bens tão valiosos que nem todo dinheiro, status e poder do mundo poderão comprar. Seres humanos são muito mais que cédulas, cartões de crédito e talões de cheque!

Thina

3 comentários:

  1. Sabe Thina, sempre penso que cabeça não foi feita para separar as orelhas. Pessoas como a que vc descreve devem ter alguma dificuldade para se tornarem adultos. Essas preucupações exessivas com o que os outros estão pensando a nosso respeito e bem típico de adolescente. A falta de autocrítica é outra característica de adolescentes.Entendo que o ideal seja um equilibrio entre ter e ser.

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  2. Olá João,
    Concordo que é necessário equilíbrio entre o ter o ser, assim como o equilíbrio deve nortear todas as nossas atitudes.
    Não usei o texto para julgar ou criticar pessoas que não pensem assim, mas apenas para a reflexão, inclusive a nossa reflexão interior de como estamos agindo diante da vida. É isso aí!

    beijão,
    Thina
    Blog Sala de Espera

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  3. Se alguma vez já ouvi esse tipo de comentário??
    Só um milhão de vezes!!
    E é verdade, João, infelizmente a imaturidade de pensar de tal maneira não se restringe aos adolescentes... Há adultos que o são somente pela data de nascimento!
    Além disso, o que seria dessas pessoas "fúteis" se papai falisse, ou se a crise econômica fosse mais que uma "marolinha" no Brasil?

    Abraços!

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