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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

"Meu amor pelos animais me transforma em uma pessoa melhor"


Já falei outras vezes sobre a minha paixão pelos animais, especialmente cachorros. Por isso, sou extremamente fã daqueles que tem a atitude e a coragem de cuidar, proteger e defender os animais. Assim, lendo o texto abaixo tive vontade de compartilhar com vocês.
   
"Meu amor pelos animais me transforma em uma pessoa melhor

Um dia antes do meu nascimento minha mãe foi na casa de uma amiga que tinha um cão, e ele não saiu dos pés dela até a hora dela sair. Todo mundo riu e falou que a criança dentro da barriga iria gostar de animais. Isto seria bem improvável já que, para toda minha família, animais não tinham espaço em casa. Logo após meu nascimento, minha avó ganhou uma cadelinha que se chamava Peposa. A vira-latas foi quem me ajudou com meus primeiros passos, eu me segurava em seu corpinho e ela ia me ajudando e andando ao meu passo, acredito que reconheci e agradeci sua ajuda falando seu nome: 'Peposa' foi a primeira palavra que falei depois de mamãe e papai. Infelizmente não sei o que aconteceu com ela, me falaram coisas como 'ela fugiu' ou 'ela encontrou um namorado', mas sempre soube que na verdade ela não voltaria nunca mais.

E conforme fui crescendo, por menos provável que isso fosse, eu ia me apegando cada vez mais aos animais. Aos 4 anos vi o Orca Show no agora extinto parque de diversões Playcenter e não entendia porque as pessoas jogavam coisas como papel de sorvete e saquinho de pipocas na piscina, que eram para mim a 'casa' das baleias e dos golfinhos. (Hoje, eu continuo não entendo isso e muito menos como acharam que seria boa ideia trazer duas orcas, golfinhos e leões marinhos para um parque.)

Aos sete anos eu ganhei uma gatinha - que morreu por ter sido tirada muito cedo de sua mãe - e em seguida uma cachorrinha, que foi doada pela minha família por motivos que ainda não sei. Eu queria ter algum animal, na verdade queria cuidar deles. Sonhava em ser veterinária, e comecei a resgatar animais que eu achava que precisavam de ajuda, o que incluía tatu-bolas, lesmas, caramujos e formigas. E então com 18 anos ganhei minha cachorra e ela me fez ver o mundo dos animais de maneira diferente.

Ela, que é da raça Sharpei, foi criada desde que nasceu com a melhor ração do mercado, visitas regulares aos pet shop e veterinários e muitas regalias. Em um dia qualquer, algum tempo depois, vi um homem descartando um cachorro na rua, eu passei por ele incrédula, o xinguei, o ameacei mas não fiz nada em relação ao animal. Nesta noite choveu muito, e tudo que eu conseguia pensar era em como aquele animal estava longe de abrigo, de comida e principalmente de afeto - coisas que a minha cachorra tinha de sobra. No dia seguinte voltei ao local e ele ainda estava lá. Peguei-o, levei para um veterinário que viu que ela era fêmea e que havia sofrido muito. Mesmo assim ela foi muito boazinha e ganhou o nome de Mel, por ser excessivamente doce e carinhosa. Depois de alguns dias, encontrei uma família que resolveu ficar com ela, naquela época nem todos tinham e-mail, e a família me enviava cartas com fotos que mostravam como ela tinha engordado e como a família toda estava muito feliz com tudo isso.

Esta felicidade não me parou mais. Já sujei meu nome, já tomei calote, já pedi empréstimo por causa dos animais. Parece que os bichos que precisam de ajuda vêm até mim, seja gato, cachorro ou pássaro; não importa, eu vou lá e faço o que posso. Mesmo com tantos esforços, eu não posso nem me comparar com protetores de verdade, pessoas que literalmente vivem suas vidas para resgatar e devolver a vida a animais que sofreram maus tratos.

Mas de qualquer maneira, não me incomodo de não ser a maior e melhor protetora de todos, apenas sei que o meu amor pelos animais é verdadeiro e eu sempre procuro emaná-lo para o maior número de pessoas possíveis. Quero que elas entendam que os animais são dignos de carinho e amizade e nos proporcionam um sentimento inexplicável que todos deveriam um dia sentir isso. Somos pessoas incríveis para nossos animais, somos os melhores, os maiores e os mais sábios, e eu sempre tento ser do jeito que estes animais me veem. E quando me perguntam porque eu quero tanto salvar os animais, eu sempre respondo: "Porque a maior parte dos humanos já não tem mais salvação"”.

Maíra Medeiros


Aqui em Uberlândia há grupos e ONGs que fazem trabalhos lindos. A APA é uma dessas instituições. São muitos animais amparados por ela e, consequente, muitos gastos. Por isso, se você pode ajudar, abaixo seguem as informações.



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