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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Você sabia? Ebola


Ei Pessoal,

Tudo bem?

Quem viu as notícias nos últimos dias, sabe que há uma grande preocupação com a propagação do vírus Ebola. Muitas pessoas já morreram na Europa e, conforme as últimas notícias, o vírus parece ter chegado nos EUA. No Brasil, uma pessoa está isolada até que haja a confirmação ou não da doença.

Nesses casos, a informação é extremamente importante para que saibamos exatamente como agir.

Então, abaixo estão algumas informações retiradas do site do Dr. Drauzio Varella. No domingo ele também deu uma entrevista para o Fantástico sobre uma possível epidemia no Brasil.

O que é?

Ebola é uma febre grave do tipo hemorrágico transmitida por um vírus do gênero Filovirus, altamente infeccioso, que desenvolve seu ciclo em animais. Há cinco espécies diferentes desse vírus, que recebem o nome dos locais onde foram identificados: Zaire, Bundibugyo, Costa do Marfim, Sudão e Reston. Este último não foi identificado em humanos.

A doença é classificada como uma zoonose. Embora os morcegos frutívoros sejam considerados os prováveis reservatórios naturais do vírus ebola, ele já foi encontrado em gorilas, chimpanzés, antílopes e porcos. Os especialistas defendem a hipótese de que a transmissão dos animais infectados para os seres humanos ocorra por meio do sangue e de fluidos corporais, como sêmen, saliva, lágrimas, suor, urina e fezes.

Daí em diante, o vírus ebola pode ser transmitido pelo contato direto entre as pessoas, pelo uso compartilhado de seringas e, por incrível que pareça, até depois da morte do hospedeiro. Ou ainda, caso o paciente tenha sobrevivido, o vírus ebola pode persistir ativo em seu sêmen durante semanas. Possivelmente, uma das razões para ser tão mortal e resistente é que compromete o sistema de defesa do organismo.

Surtos de ebola atingiram países da África em 1995, 2000, 2007, mas foram controlados. O surto de 2014 atinge Guiné, Serra Leoa e Libéria e já há casos confirmados na Nigéria. A OMS determinou estado de “emergência sanitária mundial” com o objetivo de conter o vírus e barrar surto de ebola, o maior de que se tem conhecimento até agora.

Sintomas

Febre, dor de cabeça muito forte, fraqueza muscular, dor de garganta e nas articulações, calafrios são os primeiros sinais da doença que aparecem de forma abrupta depois de cinco a dez dias do início da infecção pelo vírus ebola. Com o agravamento do quadro, outros sintomas aparecem: náuseas, vômitos e diarreia (com sangue), garganta inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor no peito e no estômago, insuficiência renal e hepática, hemorragia interna, sangramento pelos olhos, ouvidos, nariz e reto.

O período de incubação dura de 2 a 21 dias. Os sinais e sintomas variam de um paciente para outro.

Diagnóstico

Uma das dificuldades para estabelecer o diagnóstico precoce da doença provocada pelo vírus ebola é que, no início, os sintomas podem ser confundidos com os de enfermidades como gripe, dengue hemorrágica, febre tifoide e malária. O levantamento da história do paciente, se esteve exposto a situações de risco e o resultado de testes sorológicos (Elisa IgM, PCR) e o isolamento viral são fundamentais para determinar a causa e o agente da infecção.

Diante da possibilidade de uma pessoa ter entrado em contato com o vírus ebola, ela deve ser isolada e os serviços de saúde notificados.

Tratamento

Não existe tratamento específico para combater o vírus ebola, que infecta adultos e crianças sem distinção. Não existe também uma vacina contra a doença, mas já foi testada uma fórmula em macacos, morcegos e porcos-espinhos que mostrou resultados positivos nesses animais.

O único recurso terapêutico contra a infecção causada pelo ebola é oferecer medidas de suporte, como reposição de fluidos e eletrólitos, hidratação, controle da pressão arterial e dos níveis de oxigenação do sangue, além do tratamento das complicações infecciosas que possam surgir.

Recomendações

As seguintes medidas são fundamentais para evitar o contato com o vírus ebola, como forma de prevenir a infecção e evitar a disseminação da doença:

Lave as mãos com frequência com água e sabão. Se não for possível, esfregue-as com álcool gel;

Procure não frequentar lugares que facilitem a exposição ao vírus ebola;

Evite contato com pessoas infectadas. Quanto mais avançada a doença, maior a concentração de vírus e mais fácil o contágio;

Use vestimentas de proteção, como macacões e botas de borracha, aventais, luvas e máscaras descartáveis e protetores oculares, sempre que tiver de lidar com os pacientes. Sob nenhum pretexto reutilize agulhas e seringas. Instrumentos médicos metálicos que serão reaproveitados devem ser esterilizados;

Só coma alimentos de procedência conhecida;

Lembre que o corpo dos doentes continua oferecendo risco de contágio mesmo depois da morte.

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