Ei Pessoal,
Tudo bem?
Quem viu as notícias nos
últimos dias, sabe que há uma grande preocupação com a propagação do vírus
Ebola. Muitas pessoas já morreram na Europa e, conforme as últimas notícias, o
vírus parece ter chegado nos EUA. No Brasil, uma pessoa está isolada até que
haja a confirmação ou não da doença.
Nesses casos, a informação é
extremamente importante para que saibamos exatamente como agir.
Então, abaixo estão algumas
informações retiradas do site do Dr. Drauzio Varella. No domingo ele também deu
uma entrevista para o Fantástico sobre uma possível epidemia no Brasil.
O
que é?
Ebola é uma febre grave do
tipo hemorrágico transmitida por um vírus do gênero Filovirus, altamente
infeccioso, que desenvolve seu ciclo em animais. Há cinco espécies diferentes
desse vírus, que recebem o nome dos locais onde foram identificados: Zaire,
Bundibugyo, Costa do Marfim, Sudão e Reston. Este último não foi identificado
em humanos.
A doença é classificada como
uma zoonose. Embora os morcegos frutívoros sejam considerados os prováveis
reservatórios naturais do vírus ebola, ele já foi encontrado em gorilas,
chimpanzés, antílopes e porcos. Os especialistas defendem a hipótese de que a
transmissão dos animais infectados para os seres humanos ocorra por meio do sangue
e de fluidos corporais, como sêmen, saliva, lágrimas, suor, urina e fezes.
Daí em diante, o vírus ebola
pode ser transmitido pelo contato direto entre as pessoas, pelo uso
compartilhado de seringas e, por incrível que pareça, até depois da morte do
hospedeiro. Ou ainda, caso o paciente tenha sobrevivido, o vírus ebola pode
persistir ativo em seu sêmen durante semanas. Possivelmente, uma das razões
para ser tão mortal e resistente é que compromete o sistema de defesa do
organismo.
Surtos de ebola atingiram
países da África em 1995, 2000, 2007, mas foram controlados. O surto de 2014
atinge Guiné, Serra Leoa e Libéria e já há casos confirmados na Nigéria. A OMS
determinou estado de “emergência sanitária mundial” com o objetivo de conter o
vírus e barrar surto de ebola, o maior de que se tem conhecimento até agora.
Sintomas
Febre, dor de cabeça muito
forte, fraqueza muscular, dor de garganta e nas articulações, calafrios são os
primeiros sinais da doença que aparecem de forma abrupta depois de cinco a dez
dias do início da infecção pelo vírus ebola. Com o agravamento do quadro,
outros sintomas aparecem: náuseas, vômitos e diarreia (com sangue), garganta
inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor no peito e no estômago,
insuficiência renal e hepática, hemorragia interna, sangramento pelos olhos,
ouvidos, nariz e reto.
O período de incubação dura
de 2 a 21 dias. Os sinais e sintomas variam de um paciente para outro.
Diagnóstico
Uma das dificuldades para
estabelecer o diagnóstico precoce da doença provocada pelo vírus ebola é que,
no início, os sintomas podem ser confundidos com os de enfermidades como gripe,
dengue hemorrágica, febre tifoide e malária. O levantamento da história do
paciente, se esteve exposto a situações de risco e o resultado de testes
sorológicos (Elisa IgM, PCR) e o isolamento viral são fundamentais para
determinar a causa e o agente da infecção.
Diante da possibilidade de
uma pessoa ter entrado em contato com o vírus ebola, ela deve ser isolada e os
serviços de saúde notificados.
Tratamento
Não existe tratamento
específico para combater o vírus ebola, que infecta adultos e crianças sem
distinção. Não existe também uma vacina contra a doença, mas já foi testada uma
fórmula em macacos, morcegos e porcos-espinhos que mostrou resultados positivos
nesses animais.
O único recurso terapêutico
contra a infecção causada pelo ebola é oferecer medidas de suporte, como
reposição de fluidos e eletrólitos, hidratação, controle da pressão arterial e
dos níveis de oxigenação do sangue, além do tratamento das complicações
infecciosas que possam surgir.
Recomendações
As seguintes medidas são
fundamentais para evitar o contato com o vírus ebola, como forma de prevenir a
infecção e evitar a disseminação da doença:
Lave as mãos com frequência
com água e sabão. Se não for possível, esfregue-as com álcool gel;
Procure não frequentar
lugares que facilitem a exposição ao vírus ebola;
Evite contato com pessoas
infectadas. Quanto mais avançada a doença, maior a concentração de vírus e mais
fácil o contágio;
Use vestimentas de proteção,
como macacões e botas de borracha, aventais, luvas e máscaras descartáveis e
protetores oculares, sempre que tiver de lidar com os pacientes. Sob nenhum
pretexto reutilize agulhas e seringas. Instrumentos médicos metálicos que serão
reaproveitados devem ser esterilizados;
Só coma alimentos de
procedência conhecida;
Lembre que o corpo dos
doentes continua oferecendo risco de contágio mesmo depois da morte.