Ei pessoal,
Tudo bem?
O filme Planeta dos Macacos era uma grandes apostas para 2014. E, ao que tudo indica, ele conseguiu superar as expectativas dos "seguidores" dessa história.
Segundo o site Info Abril a sequência de ficção
científica bateu um filme de
terror, uma animação de família e uma comédia para adultos e manteve a
liderança nas bilheterias dos Estados Unidos e Canadá por dois fins de semana seguidos. O filme já arrecadou mais 36 milhões de dólares em ingressos.
Para que não conhece nada dos filmes anteriores, segue uma rápida explicação e, ao mesmo tempo, uma visão crítica do filme em cartaz.
Quando, lá em 2001, o grande
(chego a dizer genial) cineasta Tim Burton dirigiu mais um filme da franquia
Planeta dos Macacos, todos nós acreditávamos que a série daria um salto de
criatividade e entregaria uma obra-prima, tal qual muitos dos filmes dirigidos
por Burton. Ledo engano. O filme de 2001 chegou a ser constrangedor de tão
ruim, mal explorado e narrativamente uma lástima. Coube então ao diretor Rupert
Wyatt dar um novo gás à história e filmar um reboot de tudo, que veio com o
nome de Planeta dos Macacos: a Origem. Uma surpresa de filme, tudo lindo, uma
história densa, com personagens interessantes e com uma enorme possibilidade de
desenvolvimento a médio prazo daquele roteiro. César representava a mistura
perfeita da relação entre homens e macacos e sua história não poderia jamais
terminar com o desfecho de a origem.
Assim, estamos cá, dez anos
após os acontecimentos da ponte Golden Gate, em São Francisco. Neste hiato, um
vírus criado em laboratório dizimou grande parte da população mundial e os
sobreviventes de São Francisco buscam encontrar uma solução para contornar o
problema da falta de energia elétrica. Eles descobrem uma forma de resolver a
questão, porém isso os leva ao território onde César e outros macacos
geneticamente modificados desenvolveram o que podemos chamar de lar, com todas
as nuances que uma pequena sociedade possui. E é exatamente neste instante,
quando se descobre que a salvação de um grupo dependia da (talvez) destruição
de outro, que acontece a representação narrativa do título: o confronto.
Não poderia estar mais feliz
com a continuação daquela história comandada por James Franco (sim, ele era o
protagonista de Planeta dos Macacos: a Origem). Se no primeiro, a história era
mais densa e cheia de camadas, afinal de contas, estava-se contando como tudo
começou, neste aqui a história ganha um ritmo mais frenético, alucinante e
caótico, no melhor sentido possível. O diretor Matt Reeves (que também dirigiu
o ótimo Cloverfield e o interessante Deixe-me Entrar) conseguiu jogar o
espectador para dentro da selva de uma forma tão tensa – e intensa – que somos
levados a todo o momento a acreditar que aqueles macacos são tão reais quanto
os humanos. É absolutamente digno de aplausos a verossimilhança que o filme
adquiriu, com ares de um processo natural que em algum momento da história
acontecerá.
Mas para que esse tom de
realidade alcançasse níveis de perfeição era necessário que houvesse um ator
que de alguma forma conseguisse adentrar na alma de um macaco evoluído. É
exatamente desta necessidade que nasce o genial trabalho de Andy Serkis, que
não somente dá vida ao personagem protagonista desta sequência (sim, César é o
protagonista de Planeta dos Macacos: o Confronto) como joga para as alturas o
nível de qualidade de um personagem macaco na história do cinema. Será difícil
algum outro personagem deste gênero chegar aos pés do trabalho realizado por
Andy Serkis, que novamente merece ao menos uma indicação ao Oscar (sabemos o
quão difícil será).
O roteiro, de Mark Bomback,
Rick Jaffa e Amanda Silver, consegue desenvolver a história com muito mais
agilidade e dinamismo que o seu antecessor. Era o esperado, pois aqui as cartas
já estavam lançadas, não sendo necessário começar do zero toda a estrutura
essencial da história; César já era um macaco maduro, que liderou por uma
década sua comunidade, chegando a níveis quase humanos de evolução, como a
incrível capacidade de dialogar, nem que seja com palavras chaves, com os
outros macacos. Ou seja, o roteiro teve o foco todo no primeiro grande embate
dos macacos com os humanos.
Os efeitos especiais e
sonoros são tão competentes que beiram a perfeição. Aliado à isto temos o
trabalho de ambientação do filme, de construir esta atmosfera caótica em que se
encontra a história. Estamos quase que num apocalipse, com a humanidade em
perigo e com a comunidade de macacos em constante evolução. Neste sentido vemos
o confronto como algo realmente inevitável, e que serve como um primeiro round
do que posteriormente virá: a guerra. Essa é ao menos a tendência, baseado no
desfecho do filme, bem como no que sabemos sobre a mitologia da franquia
Planeta dos Macacos.
Fonte: Cabine Cultural
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