Não importa se você vai elogiar ou dar sugestões, mas não saia dessa Sala sem deixar seu comentário!

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Onde vamos: Carnaval 2014


Uberlândia não é uma cidade que atrai multidões durante o carnaval, como acontece em algumas de nossas cidades vizinhas. No entanto, todo ano a Secretaria Municipal de Cultura prepara uma programação especial para a data. Tradicionalmente acontece o desfile das escolas de samba e alguns shows. Este ano a “passarela do samba” terá 400 metros de extensão e está sendo montada na avenida José Roberto Migliorini, entre o Estádio Municipal João Havelange e o Parque do Sabiá.

A mudança de local – até 2013 foi na avenida Monsenhor Eduardo – permitirá que a SMC e a Assosamba recebam os foliões com mais conforto e segurança. De acordo com o diretor técnico da SMC, Heitor Paparotto, a estrutura terá 180 metros de arquibancadas, 32 camarotes (em 2013 eram 30), cabine técnica e cinco pontos elevados para a Polícia Militar.

Segue, então, a programação do Carnaval:

Dias 27 e 28/2 (Quinta e sexta-feira – 19h) Carnaval à moda antiga, Baile de Máscaras com animação da banda A Jardineira

Quem quiser participar com uma máscara, poderá confeccionar o adereço na oficina gratuita de materiais reciclados. São sobras de fantasias que foram doadas pelas escolas de samba e blocos carnavalescos. Desta forma a SMC promove a conscientização ambiental e ainda permite que pessoas de baixa renda tenham suas máscaras e a comemoração seja uniforme e praticada por todos. As escolas também doaram fantasias completas que serão utilizadas em manequins (bonecos). Esta atividade aconteceu no ano passado e despertou o fascínio em muitos foliões, que formaram filas para serem fotografados ao lado dos manequins. Outros itens interessantes da decoração serão as oito máscaras gigantes colocadas em pontos estratégicos da praça.
Local: Praça Clarimundo Carneiro

Dia 01/03 (Sábado – 15h) Blocos de foliões com animação de trio elétrico e bandas Papo Reto – Samba é a Nossa Cara.
Local: Concentração na Praça Cívica do Centro Administrativo Municipal e folia em percurso até a avenida José Roberto Migliorini, entre o Estádio Municipal João Havelange e o Parque do Sabiá.

Dia 02/03 (Domingo – 20h) Desfile das escolas de samba e blocos carnavalescos
Local: Avenida José Roberto Migliorini, entre o Estádio Municipal João Havelange e o Parque do Sabiá

Dia 03/03 – Segunda-feira
- 15h – Apuração e divulgação dos resultados e animação RDM Renatinho

- 20h – Karine Telles e banda e Grupo Gerasamba
- Local: Avenida José Roberto Migliorini, entre o Estádio Municipal João Havelange e o Parque do Sabiá

Dia 04/03 – Terça-feira
- 15h – Matinês para crianças até 12 anos (adultos somente acompanhados de crianças) com animação de Graziela
Local: Estacionamento do Center Shopping, entrada pela Avenida João Naves de Ávila

- 20h – Desfile das campeãs e show com o grupo D’Corpo Inteiro
Local: Avenida José Roberto Migliorini, entre o Estádio Municipal João Havelange e o Parque do Sabiá

Fonte Secom

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Vídeo: Toda mulher merece um elogio!

Pessoal,

Vi esse vídeo pela manhã e senti que ele precisava ser compartilhado. Não estou discutindo os "papéis" de homens e mulheres, mas sim a essência de que devemos valorizar os detalhes. Acredito que devemos nos esforçar para enxergar verdadeiramente as pessoas, bem como, lembrá-las do quanto são importantes em nossas vidas.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Filmes: Filmes baseados em livros - Parte I

Ei Pessoal,

Bom Dia!

Como eu já comentei em posts anteriores, os livros já inspiraram e continuam inspirando a produção de diversos filmes. Como são muitos, hoje vou compartilhar com vocês alguns deles, sendo que em um próximo post apresentarei outros, ok?


E o Vento Levou (1939)

Durante a Guerra Civil Americana, quando famílias foram destruídas, um aventureiro e uma determinada jovem, que foi duramente atingida pela guerra, se envolvem numa relação de amor e ódio.


Bonequinha de Luxo (1961)
De Truman Capote, o livro foi transformado em filme e se tornou um dos maiores clássicos da história do cinema. A trama se passa em Nova York onde uma garota de programa, Holly (Audrey Hepburn), sonha em se casar com um milionário. Ela entra em conflito quando se apaixona por um jovem escritor, Paul (George Peppard), que é pobre.


Fahrenheit 451 (1966)
Em um futuro próximo, os bombeiros têm como função principal queimar qualquer tipo de material impresso, pois foi imposto que a literatura é um propagador da infelicidade. Mas o bombeiro Montag (Oskar Werner), começa a questionar essa linha de raciocínio quando vê uma mulher que prefere ser queimada com sua vasta biblioteca ao invés de permanecer viva.


O Poderoso Chefão (1972)
Neste filme, vemos a trajetória de um personagem muito atormentado e forte, vivido por Al Pacino, encarnando o papel de Michael Corleone. O filme retrata com fidelidade o universo do submundo da mafia italiana. Descendente de uma poderosíssima família de mafiosos, Michale renega a princípio os negócios da mafia e tenta construir uma carreira militar.


O Grande Gatsby (2013)
A obra-prima de um dos maiores escritores norte-americanos, Scott Fitzgerald, foi adaptada para o cinema pela terceira vez, agora pelo diretor Baz Luhrmann, de Moulin Rouge e Romeu e Julieta. A história de passa nos anos 1920, no período entre a Primeira Guerra Mundial e a Grande Depressão, conhecido como era do jazz. O narrador, Nick Carraway, apresenta a história de seu vizinho, o milionário bom vivant Jay Gatsby. Dono de uma fortuna de origem desconhecida e de uma mansão famosa por suas festas espetaculares, Gatsby é um homem misterioso. Daisy Buchanan, prima de Nick, vai provocar o ressurgimento do seu passado nebuloso.


O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012)
O Hobbit conta as aventuras de Bilbo Bolseiro e um grupo de valorosos anões numa jornada rumo à Montanha Solitária, para derrotar o dragão Smaug. A adaptação do livro para o cinema, com direção de Peter Jackson, foi dividida em três filmes. O segundo é o O Hobbit: A Desolação de Smaug, com previsão de lançamento para este ano. O britânico J. R. R. Tolkien publicou O Hobbit em 1937, dezessete anos antes de lançar O Senhor dos Anéis, cujo protagonista é Bilbo Bolseiro, sobrinho de Bilbo.


Saga Crepúsculo (2008 a 2012)
Baseada na trilogia de Stephenie Meyer, a saga Crepúsculo foi adaptada para quatro filmes nos cinemas - Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer Parte 1 e Parte 2. A história retrata o amor aparentemente impossível entre a humana Bella (Kristen Stewart) e o vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson).


Jogos Vorazes (2012)
Suzanne Collins escreveu a trilogia de "Jogos Vorazes", que mostra uma América do Norte futurista, divida em uma capital e 12 distritos. A história acompanha Katniss (Jennifer Lawrence) uma jovem que precisa lutar em um reality show, onde apenas um jovem sai vivo. O segundo filme da série estreou em 2013, e o último livro será divido em duas partes.


Para Sempre (2012)
O filme foi baseado no best-seller de Kim e Krickitt Carpenter, que conta a história real do casal. A trama relata como Kim (interpretado por Channing Tatum) reconquistou a esposa (Rachel McAdams) depois que ela sofreu um acidente de carro e, com amnésia, não se lembrava do homem com quem se casou.


Saga Harry Potter (2001 a 2011)
Os livros de sucesso mundial, da inglesa J. K. Rowling, foram transformados em oito filmes. A saga retrata a vida de Harry Potter (Daniel Radcliffe), um menino órfão, que na verdade é um bruxo famoso. Quando conhece sua origem, descobre ser inimigo do bruxo das trevas Lord Voldemort (Ralph Fiennes).


Comer, Rezar, Amar (2010)
O filme do livro "Comer, Rezar, Amar", de Elizabeth Gilbert, também é um sucesso. Na trama, Elizabeth (Julia Roberts) resolve largar tudo - marido, trabalho, amigos - e parte para a Índia, Itália e Bali, para se reencontrar numa grande viagem de autoconhecimento.


Querido John (2010)
"Querido John" foi baseado no livro de Nichollas Sparks, onde um jovem soldado, John (Channing Tatum), tira licença do trabalho e conhece a jovem Savannah (Amanda Seyfried). Quando ele precisa voltar ao exército, o casal de namorados passa a se corresponder por cartas

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Onde vamos? Por que os homens mentem?


Com a construção do Teatro Municipal, Uberlândia parece ter entrado na "rota cultural". 
Nesta sexta-feira (21), às 20h, o Teatro será palco do espetáculo “Por que os homens mentem?”. Trata-se de uma coletânea de crônicas bem humoradas dedicadas às histórias que os homens inventam para se safar de situações embaraçosas nos negócios, na vida pública, no campo de futebol e nos relacionamentos amorosos. O espetáculo é baseado nos acontecimentos citados por Luis Fernando Veríssimo, no livro “As mentiras que os homens contam”.
Além da ironia, a comédia conta com diálogos sarcásticos e doses de humor. São quase duas horas de duração com interpretação dos atores Juliano Mazurchi, Christian Hilário, Alessandre Pi, Charles Ferreira e Ricardo Vandré, que se revezam no palco dando vida a 30 personagens masculinos e femininos, em 10 histórias diferentes, que geram identificação imediata com o público.
As cenas revelam diversos perfis mentirosos: a mulher manipuladora, o homem inseguro que se justifica o tempo todo, a ciumenta e controladora, o que aceita a traição etc. Em geral, a peça mostra o quanto mentir é humano.

Muitas vezes, enganar alguém é questão de sobrevivência. Os atores interpretam 30 personagens, inclusive os personagens femininos desta hilariante comédia de cotidiano que tem como tema principal “a mentira”.

Data e Horário: 21 de fevereiro (sexta-feira) às 20h
Local: Teatro Municipal de Uberlândia - Av. Rondon Pacheco, 7070
Ingressos: www.bilheteriaexpress.com.br e no Teatro Municipal de Uberlândia
Censura: 18 anos 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Conectados: Facebook compra WhatsApp



No último dia 4 de fevereiro, quando o Facebook completou dez anos, o cofundador Mark Zuckerberg afirmou que sua empresa surgiu com o objetivo de conectar o mundo. Na noite de ontem (19) quando acessei o face vi uma enxurrada de postagens e mensagens relativas à aquisição do WhatsApp. Como assim?

Por uma "bagatela" de US$ 16 bilhões, o Facebook comprou o WhatsApp. Segundo especulações o aplicativo de conversas instantâneas deverá fortalecer a participação daquele em alguns mercados e também entre públicos que resistem à rede social.

Estudos recentes mostram que a quantidade de jovens usuários vem caindo no Facebook. Um dos principais motivos seria a chegada de público mais velho ao site, que acaba "empurrando" os adolescentes justamente para aplicativos como WhatsApp e Snapchat.
O aplicativo de comunicação instantânea e o Facebook Messenger funcionarão de forma separada. A marca WhatsApp será mantida, e a sede da empresa adquirida continuará funcionando em Mountain View (o Facebook fica em Menlo Park; as duas cidades são na Califórnia). Jan Koum, hoje diretor-executivo do WhatsApp, se juntará à diretoria do Facebook. 

Em comunicado oficial, o Facebook anunciou que mais de 450 milhões de pessoas usam o WhatsApp mensalmente, sendo que 70% deles usuários diários ativos. A companhia divulgou ainda que o "volume de mensagens se aproxima à quantidade total de mensagens de texto via celular [SMS] em todo o mundo".

As empresas declararam que a aquisição está alinhada com a missão que as duas têm de "levar mais conectividade e utilidade ao mundo, entregando serviços de internet importantes de forma eficiente e acessível".

"O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que conseguem esse feito são incrivelmente valiosos", afirmou Mark Zuckerberg em comunicado (o Facebook tem 1,23 bilhão de usuários ativos no mês). 

Em fevereiro de 2012, a maior rede social do mundo comprou o aplicativo Instagram por US$ 1 bilhão - na época, o serviço de fotos tinha 30 milhões de usuários.


Fontes: UOL e Jornal O Globo.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Trilha sonora do dia: Playing For Change


Playing For Change: Peace Through Music é uma história de esperança, luta, perseverança e alegria. Mark Johnson e Jonathan Paredes, juntos com a equipe Playing For Change, viajaram o mundo movidos por uma paixão: conectar o mundo através da música.

Sua ambiciosa jornada levou-os do pós- apartheid da África do Sul, por meio dos sítios arqueológicos do Oriente Médio, até a beleza remota do Himalaia e além. Usando uma tecnologia móvel inovadora, filmaram e gravaram mais de 100 músicos, em grande parte ao ar livre em parques, praças, estradas, nas ruas de paralelepípedos e em meio a montanhas. Cada performance capturada cria uma nova combinação em que os artistas todos estão, essencialmente, tocando em conjunto, apesar de centenas ou milhares de quilômetros de distância.

O conceito por trás do projeto é o de que a música é um fator comum de agregação entre diferentes culturas, etnicidades e regiões. Assim, o Playing For Change é a história desta colaboração internacional sem precedentes musicais e do notável poder da música, vez que o objetivo do projeto não é apenas fazer e distribuir música.

A fundação Playing for Change está construindo e mantendo uma escola de música no vilarejo de Gugulethu e um centro de artes em Johannesburgo, na África, como uma forma de prover oportunidades de crescimento e educação para os jovens das comunidades. Eles também mantém centros para refugiados tibetanos na Índia e no Nepal.


Fonte: Global Voices e Livraria Saraiva



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Onde vamos? Outback e Tok&Stok

Não sei se apenas eu tive essa impressão, mas depois da inauguração do Uberlândia Shopping, o Center Shopping ficou preocupado com a concorrência. Para os consumidores isso é maravilhoso, afinal as mudanças e novidades têm agradado o público, exemplo disso é a nova praça de alimentação e a reforma do Cinemais.


Nesse sentido, a assessoria de comunicação do Center Shopping já adiantou que 2014 terá grandes atrações, eventos exclusivos e mais novidades no mix de lojas, com objetivo de proporcionar a todos os seus clientes cada vez mais experiências positivas e memoráveis. E duas novas operações acabam de ser anunciadas. Ambas as lojas atendem demandas que o Center Shopping há tempos ouvia de seus clientes:

OUTBACK STEAKHOUSE

Restaurante construído e decorado em estilo que remete ao interior da Austrália. São mais de 800 unidades nos Estados Unidos, onde foi inaugurado em 1988, e cerca de 120 unidades em outros 22 países. O cardápio inclui oito variedades de steaks, opções de peixe, camarão, frango, carne suína, cordeiro, massas, sopas e saladas. O Outback será a novidade do mix de alimentação do Shopping, que hoje já conta com seis restaurantes e mais de 50 opções de culinária, sendo o maior polo gastronômico de Uberlândia e região.



TOK&STOK

A loja nasceu em 1978, fruto do empreendedorismo do casal, Régis e Ghislaine Dubrule, recém-chegado da França ao Brasil. Presente em diversos estados do Brasil, e também no Distrito Federal, com lojas distribuídas em várias cidades brasileiras, a Tok&Stok é referência em móveis e decoração no país. Design de qualidade, produtos exclusivos e o oferecimento de soluções práticas para o dia a dia fazem parte do conceito da TOK&STOK, que procura sempre aliar desenho arrojado a bons preços. A Tok&Stok com os seus quase 2.000 m² vem agregar ainda mais ao mix do Center Shopping.

A inauguração das duas novas operações será no segundo semestre de 2014.


Quem gostou da novidade? Eu adorei!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Textos: A complicada arte de ver

Ilustração: Airon Barreto

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".

Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".

Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...


Rubem Alves. O texto acima foi extraído da seção "Sinapse", jornal "Folha de S.Paulo", versão on line, publicado em 26/10/2004.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Filme: Os melhores musicais dos últimos tempos

Olá Pessoal,

Bom Dia!

Não tenho o hábito de assistir à musicais, mas sempre me encanto quando assisto um. Nos últimos dias várias pessoas me indicaram musicais para assistir. Então fui pesquisar sobre musicais famosos para compartilhar com vocês. O site CinePop fez um top 10, que segue abaixo.

Eu sou APAIXONADA pelo Moulin Rouge. Assisti várias vezes tanto pela história quanto pelas músicas.

E vocês, o que acham? Indicam algum?



10. Os Produtores
Adaptação recente, feita em 2005, revive outro clássico musical da Broadway.
A originalidade da história já faz do filme ótimo e diversão garantida. A idéia é criar a pior peça já escrita. Refazem, então, o musical "Primavera para Hitler” com o nazista um tanto diferente do original. Risadas no filme inteiro. Vale a pena assistir.


9. Grease
Quando John Travolta ainda era um galã, em 1978, ele interpretou o melhor papel de sua vida: o bad boy charmoso e cantante Danny, que morre de paixão pela recatada Sandy, mas não assume para não perder a pose para os amigos machões. Músicas clássicas românticas e agitadas que agradam até hoje.


8. Dançando no Escuro
O musical mais contemporâneo feito até hoje, é do ano de 2000. A cantora Björk estréia nos cinemas como Selma, uma mãe solteira que ficou cega e, por conta disso, todos se aproveitam dela, pois é muito bondosa e ingênua. Apesar de ser muito triste, para quem não assistiu vale a pena. Mas é bom saber que não tem final feliz...


7. Moulin Rouge
Este musical sexy e colorido foi lançado em 2001 e indicado a seis Oscars. Ganhou dois deles: Melhor Figurino e Direção de Arte. Nicole Kidman e Ewan McGregor protagonizam o casal sonhador e inquieto. Músicas ótimas o que inclui até uma do mestre Elton John: Your Song.


6. DreamGirls
Um dos mais recentes musicais, este de 2006, teve uma grande divulgação por conta da cantora Beyoncé no elenco, mas, quem realmente roubou a cena (e ganhou um Oscar), foi a excelente e novata Jennifer Hudson. A história é inspirada no grupo The Supremes, que Diana Ross fazia parte. And I Am Telling You é, sem dúvidas, a melhor música cantada no filme.



5. O Fantasma da Ópera
A nova versão do musical mais tradicional da Broadway foi feita para as telonas em 2004. Até para quem assiste pela primeira vez é possível reconhecer algumas das músicas, pois são muito populares e repetidamente cantadas no mundo inteiro. Algumas das melhores músicas já feitas estão no filme, como por exemplo, All I Ask Of You.


4. A Bela e a Fera
Lançado em 1991, é o musical mais fofo da Disney. Marcou infâncias e é usado como referência até os dias de hoje. A história é sobre a jovem Bela que, para proteger seu pai, acaba prisioneira do temido Fera em seu castelo. Com o tempo, aprende que a aparência dele não é nada comparada ao que ele realmente é. Rende, inclusive, algumas lágrimas, para os mais sensíveis.


3. Noviça Rebelde
Outro musical antigo, este de 1965, com uma trilha sonora incrível e história emocionante. Julie Andrews de volta ao papel principal num musical que se passa na década de 30, na Áustria, quando a noviça (Andrews) vai trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp (Christopher Plummer), que tem sete filhos e é viúvo. A chegada dela muda tudo, inclusive a maneira que os filhos do capitão são educados.


2. Mágico de Oz
Considerado um dos filmes mais marcantes dos últimos tempos, este musical de 1939 entrou para a história por conta das músicas universalmente conhecidas (na voz da Judy Garland) como Somewhere Over The Rainbow, a principal e mais bonita do filme. Todos os personagens (espantalho, homem de lata, cachorro, bruxa) são cativantes e te fazem embarcar na aventura que é o filme.


1. Mary Poppins
É um clássico da Disney, lançado em 1964, que conta a história da babá “especial” Mary Poppins (Julie Andrews) que é contratada para cuidar dos filhos pestinhas do casal Michael e Jane. A história é encantadora, divertida e as músicas excelentes. É raro um musical ter todas as músicas legais, mas neste filme isto acontece. A parte mais divertida é quando Mary chega pela primeira vez na casa e começa a tirar tudo da bolsa em frente às crianças, inclusive um guarda chuva gigante.


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Onde vamos? Luiz Salgado e Pedro Antônio


Luiz Salgado é um cantor do cerrado mineiro. Desenvolve um trabalho fincado na expressão musical arraigada no Brasil profundo, na música que emana do que há de mais autêntico e genuíno da tradição das festas populares, da folia de reis, do congado e da viola caipira. No seu ofício de cantador faz de sua viola não só um instrumento musical de trabalho, mas também uma ferramenta de combate. Com seus acordes, ponteados e versos, canta o cerrado, o mato, a prosa, o causo, tornando sua música uma atitude diante da cultura e da vida, imprimindo uma maneira de ver o mundo e celebrar a beleza da tradição, da natureza, dos costumes e do folclore dessa região de Minas Gerais. Tem se apresentado em diversas partes do país e participado de diversificadas atividades ligadas à música, com participação em trabalhos de Consuelo de Paula, Cátia de França, Orquestra de Viola Caipira do Cerrado, Viola de Nóis, Trem das Gerais, Pena Branca & Mano Véio, entre outros.  


Pedro Antônio é compositor, intérprete e instrumentista mineiro. Nascido em Paracatu e, após longa temporada em São Paulo, veio para Uberlândia onde fixou residência. Após alguns anos de trabalho como intérprete do grupo Terrmaérica, dois discos gravados com o grupo Mina das Minas, do qual é um dos fundadores, lançou recentemente o seu primeiro trabalho solo, Carta ao velho Rosa, onde faz reverência ao grande mestre João Guimarães Rosa.

Informações:
Pedro Antonio convida Luiz Salgado
14 de fevereiro de 2014
Teatro Rondon Pacheco, 20h
Av. Santos Dumont, 517 – Centro – Uberlândia/MG
R$ 20,00 Inteira | R$ 10,00 Meia
Informações: 34 3210-2389 | 9276-3926

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Trilha sonora do dia: Covers feito por famosos

De uns tempos pra cá vários artistas, até então desconhecidos, têm feito covers de músicas famosas, os quais alcançaram recordes de visualizações no youtube. Em minha opinião muitos deles ficaram inclusive melhores que as versões originais. Sou bem “suspeita” para dar opiniões relativas à isso, especialmente quando se trata do grupo Boyce Avenue, do qual eu sou fã.

No entanto, não são apenas artistas “desconhecidos” que fazem covers. Muitos “famosos” acabaram aderindo a ideia e fizeram covers de músicas de outros “famosos”.

Que tal dar uma olhadinha hein?







segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Filme: O Voo

http://www.ccine10.com.br/wp-content/uploads/2013/03/O-VOO.jpg


Depois de várias pessoas me indicarem este filme resolvi assisti-lo nesse fim de semana. A verdade é que prefiro não assistir filmes que remetam à acidentes, especialmente aéreos, pois as imagens parecem aparecer em minha mente sempre que vou viajar. Mas, nesse caso decidi enfrentar o “preconceito” e fui surpreendida positivamente, apesar da tensão em alguns momentos.


Segue a crítica escrita por Bernardo Schlegel, do Jornal do Brasil, que retrata muito bem o filme:


“A trama conta a história de Whip Whitaker, um habilidoso piloto que, num dia como outro qualquer, é confrontado com a pior situação possível para sua profissão: uma falha técnica que provoca a queda da aeronave. Entretanto, a destreza na profissão o permite salvar, quase na totalidade, os passageiros desse voo que estava fadado a não ter sobreviventes.


O que se segue à queda, como protocolo, é uma investigação da organização de segurança aérea americana. Entre outras coisas, é comprovado elevado teor de álcool no sangue do comandante. Elevado o suficiente para condená-lo à prisão perpétua pelo homicídio daqueles que não conseguiu salvar. Portanto, assim que sai do hospital ele passa a receber a assessoria de um advogado que não mede esforços para ganhar uma causa.


O que é interessante de reparar aqui é que uma vez destruída a imagem de herói apresentada no início do filme, nasce lentamente aos olhos do espectador um alcoólatra irresponsável e prepotente. O roteiro de John Gatins (Coach Carter e Gigantes de Aço), extremamente intenso e provocante, explicita como um homem pode, após ter sido derrotado pelo vício, ter nele a força para se manter em pé. É o vício que o faz funcionar, pois sem a bebida, não haveria piloto herói.


O grande sucesso de Zemeckis é conseguir conduzir a narrativa para que o espectador não saiba mais o que é certo ou errado. Por uma via um tanto torta, essa figura meio herói, meio anti-herói clama ao público por um julgamento que o isente da irresponsabilidade de pilotar embriagado, justificando isso com o simples fato (ou nem tão simples assim) de ter salvado 99% dos passageiros a bordo de seu avião. E ser o único piloto capaz de fazer isso.


O trabalho de Denzel Washington é primoroso. Através de uma construção rústica que não foge à delicadeza, ele presenteia o espectador com um desempenho arrebatador, talvez um dos melhores de sua carreira. Vê-se na tela um homem sem o horizonte que, em um processo de lenta decadência, tenta vencer os hábitos que o fizeram perder família, fé e credibilidade. Um homem que se vê obrigado a escolher entre a culpa e o vício e a ética.


O voo não é um filme sobre aviação. Tampouco sobre bebida. É um filme sobre reabilitação de vida. Sem mais”.