Com este desempenho, o filme deve superar o original,
que arrecadou um total de US$ 450 milhões em 2011.
Para quem não assistiu, no primeiro filme,
Thor(Chris Hemsworth) com a sua arrogância e suas ações imprudentes, reacendeu
uma antiga guerra. Com isso, ele é enviado para Terra por seu pai Odin (Anthony
Hopkins) e é forçado a viver entre os humanos. A bela e jovem cientista Jane
Foster (Natalie Portman) tem um efeito profundo sobre Thor, já que ela se torna
o seu primeiro amor. É na Terra que Thor aprende o que é preciso para se tornar
um verdadeiro herói, quando o vilão mais perigoso do mundo envia as forças mais
sombrias de Asgard para invadir a Terra.
Então, já que eu adorei o primeiro filme, aproveitei
o fim de semana para ir ao cinema. Estava bastante curiosa, afinal os
comentários que li na internet e nas redes sociais foram inspiradores. Não me
decepcionei! É realmente ótimo, apesar da história sempre fantasiosa dos filmes
da Marvel.
Vejam a crítica de Luiz Carlos Merten (O Estado de São Paulo):
“O filme tem atrativos para todos os públicos
– ação, humor, romance, pancadaria, efeitos. E, embora não seja nenhum Homem de
Aço – a deslumbrante tragédia familiar de Zach Snyder –, tem até certa
densidade na relação dos irmãos, Thor e Loki. São antinômicos e rivais. Como
diz Anthony Hopkins numa cena, um filho quer demais o trono (Loki) e o outro
prescinde dele (Thor). Há um twist final, mas, por mais que pense, você
dificilmente conseguirá entender a reviravolta que põe fim à disputa – e que,
na verdade, abre espaço para o 3. O público está amando Loki, tanto quanto o
herói.
Thor pertence a uma nova era de super-heróis
do cinema. Ele integra o colegiado da Shield, que produziu o megassucesso Os
Vingadores. Homem de Ferro e Hulk já haviam ganhado suas aventuras solo, e o
próprio Capitão América e Thor precederam de pouco a fantasia de Joss Whedon. O
curioso é que o Thor da tela difere do dos gibis, nos quais tem uma identidade
secreta. É o dr. Dan Blake, e Jane Foster, aqui promovida a cientista, é apenas
sua enfermeira. Recapitulando, você deve se lembrar de que Loki quase destruiu
Nova York no desfecho do filme anterior e que Thor e sua amada Jane também
foram separados, cada um em seu tempo e espaço. Ela, na Terra, em Nova York;
ele, em Asgar.
Surgem agora guerreiros banidos e que ameaçam
destruir a galáxia, aproveitando-se das condições criadas por um hipotético
alinhamento de planetas (e estrelas). Para enfrentar esses vilões, Thor precisa
da ajuda do irmão, que está preso em Asgar. Ele o liberta e, com isso, é
acusado de traição pelo próprio pai. Loki é confiável? Essa é a dúvida, e numa
cena o próprio meio irmão ironiza. É tanta gente a dizer que o matará, se trair
Thor, que ele diz que é melhor tirar a senha e ficar na fila. Loki possui
habilidades e é um rei do disfarce.
No livro com a entrevista que concedeu a
François Truffaut, Alfred Hitchcock adverte o discípulo de que, para
incrementar o suspense, é bom ter um vilão forte para se opor ao herói. O
vilão, propriamente dito, de Thor 2 não fica na lembrança, mas também não é o
romance de Chris Hemsworth com Natalie Portman o que mais prende a plateia. O
australiano Hemsworth tem o physique du rôle imponente que o papel exige, mas é
possível se divertir, e muito, com as maquinações de seu irmão, interpretado
por Tom Hiddleston.
O irmão vacilante foi criado pelo ator com
base no impacto que teve sobre ele o Coringa de Jack Nicholson no primeiro
Batman de Tim Burton. Hiddleston ficou tão fissurado que decidiu ali, depois de
ver o filme, o que queria ser - ator. Loki passa por diversas fases e chega,
por um breve momento, a se redimir com honra de todos os pecados anteriores. Só
que nada é o que é, em definitivo, e ocorre a tal reviravolta. Vale repetir que
o filme tem tudo – mas é na pauleira que o diretor excede. Não deixa de ser
interessante, porque Game of Thrones está fazendo história pelo que os críticos
consideram a sutileza de sua complexidade dramática. Não é bem a praia de Thor,
mas quando o loirão brande o martelo pode crer que virá diversão”.
Ah! Só pra lembrar, esperem o a última cena
após os créditos. Eles já dão as pistas para o próximo filme.
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