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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Filme: Jogos Vorazes - Em Chamas


Jogos Vorazes - Em Chamas (The Hunger Games - Catching Fire) estreou no Brasil uma semana antes do resto do mundo e já bateu recordes em relação ao filme anterior.

Segundo o Hollywood Reporter e a Variety, o longa, presente em 962 salas de cinema, faturou US$ 2,4 milhões (cerca de R$ 5,5 milhões) apenas na sexta-feira, o triplo do que foi arrecadado na estreia brasileira do primeiro filme.  Por aqui, Jogos Vorazes somou US$ 10 milhões ao total de US$ 691,24 milhões arrecadados pela produção de 2012.

A continuação, que chega aos cinemas dos EUA e de outros mercados na próxima sexta, deve arrecadar mais de US$ 165 milhões na sua estreia doméstica e pode chegar a um total de US$ 950 milhões, de acordo com analistas do Evercore - espera-se que o filme arrecade US$ 375 milhões nos EUA e US$ 575 em outros países.

Então, vamos à crítica escrita por Ailton Monteiro:

“A mudança de direção, saindo Gary Ross e entrando Francis Lawrence, de Constantine (idem, 2005) e Eu Sou a Lenda (I Am Legend, 2007), não prejudicou em nada. Na verdade, Lawrence conservou o bom andamento narrativo do filme, enfatizando a questão da revolução iminente de um povo que não aguenta mais a violência e a humilhação que sofre por parte do Governo. A gota d’água são os tais jogos vorazes, um reality show em que jovens dos vários distritos têm que duelar até a morte entre si, para satisfazer os criadores e entusiastas do programa, como o presidente, vivido por Donald Sutherland, além dos espectadores mais sádicos.

Porém, alguma coisa mudou depois que Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) ganhou a última edição dos jogos e se tornou querida por muitos, ainda que odiada pela família daqueles que morreram em combate. Essa é uma das razões da cena do primeiro discurso – em que ela e seu parceiro de sobrevivência, Peeta Mellark (Josh Hutcherson), resolvem improvisar – ser tão emocionante. Ali vemos a chama da revolta, simbolizada pelos três dedos levantados, que podem remeter à liberdade, à igualdade e à fraternidade da Revolução Francesa.

Assim, se o primeiro filme parecia uma versão americana de Batalha Real (Batoru Rowaiaru, 2000), de Kinji Fukasaku, oferece um gostinho de O Império Contra-Ataca (The Empire Strikes Back, 1980), deixando uma vontade enorme de ver a conclusão da narrativa, que infelizmente (ou felizmente, quem sabe) será dividida em duas partes, assim como aconteceu com os finais das franquias Harry Potter e Crepúsculo. Sabemos que isso dá dinheiro e que esse é o principal motivo, mas é possível que isso seja usado de maneira inteligente e criativa, como até agora vem sendo.

Em Jogos Vorazes – Em Chamas, para arranjar um jeito de matar Katniss Everdeen, o presidente resolve chamar todos os vencedores das últimas edições para que possam duelar entre si. Seria, supostamente, uma comemoração dos 75 anos dos jogos. E o filme oferece duelos bem empolgantes entre si, além de obstáculos colocados pela própria prova, que rende cenas memoráveis como a do ataque dos macacos, que chegam a ser impressionantemente assustadores.

Quanto a Jennifer Lawrence, ela continua sendo aquela força da natureza. Linda, selvagem, humilde, dividida entre dois amores, com medo de ter sua família atingida por qualquer ação sua, de ter que magoar seu namorado (Liam Hemsworth), que inclusive participa de uma das cenas mais dramáticas deste filme. E que serve para atiçar também o espectador, deixando todo mundo revoltado e pronto para abraçar a revolução.


Além do mais, que outro blockbuster consegue trazer um elenco de apoio tão fantástico (Woody Harrelson, Donald Sutherland, Elizabeth Banks, Stanley Tucci, Philip Seymour Hoffmann, Jeffrey Wright) e usá-los todos dignamente, e não como uma mancha na carreira do ator como fazem outros filmes por aí? Afinal, os diálogos são bem construídos e os personagens são todos envolventes e interessantes. Quem diria que aqueles livrinhos de aspecto tão modesto de Suzanne Collins renderiam uma das melhores franquias juvenis dos últimos anos?”.

sábado, 16 de novembro de 2013

Comportamento: Estar disposto!


Nestes últimos dias tenho visto nas redes sociais várias pessoas compartilhando o texto chamado “casamento não é para você”. O texto é “profundo” e conduz a reflexões de como temos nos portado diante dos nossos companheiros de jornada. Afinal, quem já quem um relacionamento sólido sabe muito bem que amar e ser amado não significa 24 horas de alegria e satisfação. E, assim sendo, o texto me levou a pensar que o grande segredo dos casamentos felizes e relacionamentos duradouros, além do amor (óbvio!), é estar disposto.

É preciso estar disposto a ser melhor a cada dia, a transformar a raiva em paciência e compreensão, mesmo quando você já falou mil vezes que a sala não é o melhor lugar para “guardar” o sapato. É necessário ter disposição para ser carinhoso e cuidadoso, mesmo quando seu dia foi insuportável, seu chefe lhe disse os maiores desaforos, o trânsito estava parado e você ficou sem almoçar. Você tem que estar disposto a sempre procurar e enxergar as qualidades antes que os defeitos tomem conta da relação, da mesma forma que você tem que estar disposto a sonhar o mesmo sonho, a pensar junto, a construir junto e a pintar as paredes de casa juntos, ainda que você não goste muito da cor que outro escolheu.  É estar o tempo todo disposto a fazer o outro feliz e mais feliz, ainda que existam vários “apesar de”.

E como diz Anderson Cavalcante, “Amar é estar disposto a correr risco, todos os tipos de riscos: de se decepcionar, de perder, de ser mal compreendido, de ser rejeitado, de ser surpreendido...”. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Você sabia? Os restaurantes mais lindos do mundo

Estes restaurantes foram selecionados pelos arquitetos Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz como sendo os mais lindos do mundo. Com certeza, o local faz toda a diferença na escolha de um restaurante, afinal, como diz o ditado, as pessoas "comem primeiro com os olhos".

Restaurante Kaa


Kaa (São Paulo), projetado por Artur Matos Casas. No restaurante KAA, um dos destaques são seus amplos espaços abertos e o onipresente muro verde, projetado pelo paisagista Gil Fialho. “Um bonito projeto em estrutura metálica que traz uma sensação de pátio e jardins em um ambiente murado, contemporâneo e aconchegante”, afirma o trio de arquitetos.

Restaurante Grandes Tables de L´Ile

Grandes Tables de L´Ile (Boulogne-Billancourt, France), projetado pelo escritório 1024 Architecture. Este restaurante existe em meio a um jardim temporário, enquanto o projeto de revitalização da área realizado por Jean Nouvel não começa. “Uma mistura de estufa de agricultura com celeiro e casa de estrutura de andaimes, a arquitetura surpreende de dia e a noite, quando passa a ser iluminada por neons e surge como uma visão em meio a um interessante jardim. O restaurante em si é um grande paralelepípedo de madeira em meio a estrutura de andaimes, mas o amis interessante são os espaços intermediários que surgem com essa inusitada proposta”, descreve o trio de arquitetos do FGMF.

Restaurante Lam Café

Lam Café (Nha Trang, Vietnã), projetado pelo escritório A21 Studio. O Lam Café foi projetado com uma leve estrutura de madeira para que fosse montado rapidamente e fosse passível de ser removido com a mesma velocidade. “O resultado é muito interessante. Inteiro em madeira, com misto de suportes verticais e divisórias no mesmo material, o projeto poderia ser um mergulho em arquitetura vernacular – mas está longe disso, se aproximando bastante de uma estética contemporânea com intenso ritmo e jogo de luzes e sombras”, defendem os profissionais consultados.

Restaurante The Redwoods Treehouse

The Redwoods Treehouse (Warkworth, Nova Zelândia), projetado pelo escritório Pacific Environment Architects. Este restaurante funciona apenas com eventos marcados. Trata-se de uma enorme “casa na arvore”, cujo projeto se assemelha a um “cesto” costurado em um imenso tronco. Quem passar pela cidade precisa conhecê-lo durante a noite, quando luzes criam um efeito psicodélico.

Restaurante Buddakan NY

Buddakan NY (Nova York, EUA), de Gilles Boissier. “Este restaurante, localizado no Meatpacking district, ao lado do também interessante Chelsea Market (galeria de restaurantes), possui uma espacialidade simples, mas cria, graças a painéis, jogos de cores e iluminação artificial, um clima discreto e agradável para um começo ou fim de noite”, afirmam Fernando, Lourenço e Rodrigo, justificando a escolha.

Restaurante da Silvinha

Restaurante da Silvinha (Praia do Espelho, BA), projeto da própria Silvinha. Em uma pequena casa caiçara, na remota praia do Espelho, funciona o restaurante da Silvinha. Não possui telefone e só atende com hora marcada (a reserva deve ser realizada pelo menos no dia anterior, através de recado celular). “O local é quase mágico – no encontro de um rio com o mar, o estilo despojado criado pela proprietária, com esculturas locais, muitas cores, redes e almofadas, faz de um final do dia no Restaurante da Silvinha, uma experiência incrível, longa, com direito a um cochilo do lado de fora antes de ir embora, através de um rio, com água na cintura”, defende o grupo do FGMF.

Fonte: Revista Exame


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Filme: Thor - O Mundo Sombrio


Segundo o site UOL, "Thor: O Mundo Sombrio" assim que chegou às salas de cinema dos Estados Unidos, conquistou o primeiro lugar nas bilheterias do país, arrecadando um valor estimado em US$ 86,1 milhões. No resto do mundo, a arrecadação do filme foi de US$ 180,1 milhões de sexta a domingo, somando US$ 327 milhões de bilheteria até o momento.

Com este desempenho, o filme deve superar o original, que arrecadou um total de US$ 450 milhões em 2011.

Para quem não assistiu, no primeiro filme, Thor(Chris Hemsworth) com a sua arrogância e suas ações imprudentes, reacendeu uma antiga guerra. Com isso, ele é enviado para Terra por seu pai Odin (Anthony Hopkins) e é forçado a viver entre os humanos. A bela e jovem cientista Jane Foster (Natalie Portman) tem um efeito profundo sobre Thor, já que ela se torna o seu primeiro amor. É na Terra que Thor aprende o que é preciso para se tornar um verdadeiro herói, quando o vilão mais perigoso do mundo envia as forças mais sombrias de Asgard para invadir a Terra.

Então, já que eu adorei o primeiro filme, aproveitei o fim de semana para ir ao cinema. Estava bastante curiosa, afinal os comentários que li na internet e nas redes sociais foram inspiradores. Não me decepcionei! É realmente ótimo, apesar da história sempre fantasiosa dos filmes da Marvel.

Vejam a crítica de Luiz Carlos Merten  (O Estado de São Paulo):

“O filme tem atrativos para todos os públicos – ação, humor, romance, pancadaria, efeitos. E, embora não seja nenhum Homem de Aço – a deslumbrante tragédia familiar de Zach Snyder –, tem até certa densidade na relação dos irmãos, Thor e Loki. São antinômicos e rivais. Como diz Anthony Hopkins numa cena, um filho quer demais o trono (Loki) e o outro prescinde dele (Thor). Há um twist final, mas, por mais que pense, você dificilmente conseguirá entender a reviravolta que põe fim à disputa – e que, na verdade, abre espaço para o 3. O público está amando Loki, tanto quanto o herói.

Thor pertence a uma nova era de super-heróis do cinema. Ele integra o colegiado da Shield, que produziu o megassucesso Os Vingadores. Homem de Ferro e Hulk já haviam ganhado suas aventuras solo, e o próprio Capitão América e Thor precederam de pouco a fantasia de Joss Whedon. O curioso é que o Thor da tela difere do dos gibis, nos quais tem uma identidade secreta. É o dr. Dan Blake, e Jane Foster, aqui promovida a cientista, é apenas sua enfermeira. Recapitulando, você deve se lembrar de que Loki quase destruiu Nova York no desfecho do filme anterior e que Thor e sua amada Jane também foram separados, cada um em seu tempo e espaço. Ela, na Terra, em Nova York; ele, em Asgar.

Surgem agora guerreiros banidos e que ameaçam destruir a galáxia, aproveitando-se das condições criadas por um hipotético alinhamento de planetas (e estrelas). Para enfrentar esses vilões, Thor precisa da ajuda do irmão, que está preso em Asgar. Ele o liberta e, com isso, é acusado de traição pelo próprio pai. Loki é confiável? Essa é a dúvida, e numa cena o próprio meio irmão ironiza. É tanta gente a dizer que o matará, se trair Thor, que ele diz que é melhor tirar a senha e ficar na fila. Loki possui habilidades e é um rei do disfarce.

No livro com a entrevista que concedeu a François Truffaut, Alfred Hitchcock adverte o discípulo de que, para incrementar o suspense, é bom ter um vilão forte para se opor ao herói. O vilão, propriamente dito, de Thor 2 não fica na lembrança, mas também não é o romance de Chris Hemsworth com Natalie Portman o que mais prende a plateia. O australiano Hemsworth tem o physique du rôle imponente que o papel exige, mas é possível se divertir, e muito, com as maquinações de seu irmão, interpretado por Tom Hiddleston.

O irmão vacilante foi criado pelo ator com base no impacto que teve sobre ele o Coringa de Jack Nicholson no primeiro Batman de Tim Burton. Hiddleston ficou tão fissurado que decidiu ali, depois de ver o filme, o que queria ser - ator. Loki passa por diversas fases e chega, por um breve momento, a se redimir com honra de todos os pecados anteriores. Só que nada é o que é, em definitivo, e ocorre a tal reviravolta. Vale repetir que o filme tem tudo – mas é na pauleira que o diretor excede. Não deixa de ser interessante, porque Game of Thrones está fazendo história pelo que os críticos consideram a sutileza de sua complexidade dramática. Não é bem a praia de Thor, mas quando o loirão brande o martelo pode crer que virá diversão”.


Ah! Só pra lembrar, esperem o a última cena após os créditos. Eles já dão as pistas para o próximo filme.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Filme: Os melhores filmes de 2013, segundo Quentin Tarantino

Quentin Tarantino saiu na frente e, três meses antes de acabar o ano, já fez sua lista com os melhores filmes de 2013. Para quem não o conhece ele é diretor, roteirista, produtor de cinema e ator dos Estados Unidos. Alcançou a fama rapidamente no início da década de 1990 por seus roteiros não lineares, diálogos memoráveis e o uso de violência que trouxeram uma vida nova ao padrão de filmes norte-americanos. É o mais famoso dos jovens diretores por trás da revolução de filmes independentes dos anos 90, tornando-se conhecido pela sua verborragia, seu conhecimento enciclopédico de filmes, tanto populares, quanto os considerados "cinema de arte".

Dos filmes listados por ele dois deles são inéditos no Brasil. Alguns estão em cartaz (ou já saíram), outros estreiam em breve. O diretor de Django Livre surpreendeu, sobretudo, por colocar em seu top ten O Cavaleiro Solitário, um dos grandes fiascos de bilheteria deste ano.

Abaixo, estão as considerações de Miguel Barbieri Jr (Veja) a respeito de cada um dos filmes:


Afternoon Delight, de Jill Soloway – Foi exibido no Festival do Rio e, por enquanto, sua distribuição no Brasil não está garantida.


Antes da Meia-Noite, de Richard Linklater – É o desfecho da trilogia proposta pelo diretor Richard Linklater e pelos atores Ethan Hawke e Julie Delpy. Eu gosto bastante, sobretudo porque tenho uma ligação sentimental com os personagens desde o primeiro filme, de 1995. Já passou pelos cinemas e deve ser lançado ainda este mês em DVD/Blu-ray.


Blue Jasmine, de Woody Allen – Ainda não vi o novo filme de Woody Allen, mas, segundo as críticas lá de fora, é um dos pontos altos da carreira do grande diretor americano.


O Cavaleiro Solitário, de Gore Verbinski – A pisada na bola de Tarantino. Um faroeste cômico que tem lá seus momentos de ação, mas peca pela longa duração e pela repetição de um papel “exótico” para Johnny Depp.


Drinking Buddies, de Joe Swanberg – Uma comédia com Anna Kendrick, Ron Livingston e Olivia Wilde, inédita por aqui. É esperar para ver, mas me parece simpático.


É o Fim, de Seth Rogen e Evan Goldberg – Uma escolha corajosa porque esta comédia é um delicioso abuso do politicamente incorreto. Não se sei se a colocaria entre os melhores filmes do ano, mas, certamente, foi a comédia que mais me fez rir em 2013. Estreia na próxima sexta-feira, dia 11.
  

Frances Ha, de Noah Baumbach – Um filme americano produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira que anda fazendo sucesso no circuito alternativo. Merece não só estar na lista de Tarantino, mas na minha também.


Gravidade, de Alfonso Cuarón – É o maior acerto de Tarantino. Um filme espacial como você nunca viu ou verá tão cedo. Simplesmente impecável. Estreia na próxima sexta-feira, dia 11.


Invocação do Mal, de James Wan – Ainda está em cartaz esta fita de terror que foi sucesso de bilheteria. É muito bem filmada, tem um clima soturno, mas não me surpreendeu em quase nada.



Kick-Ass 2, de Jeff Wadlow – Eu adoro o primeiro Kick-Ass e estou botando fé nesta sequência. Estreia dia 18 de outubro.

Prometo que depois falo sobre cada um deles com mais calma.

Ótima semana pra vocês!