Não importa se você vai elogiar ou dar sugestões, mas não saia dessa Sala sem deixar seu comentário!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Organização e Faxina


Tem dias que a gente acorda disposto a arrumar nossa bagunça interna, jogar fora o que não é mais necessário e limpar o que ainda está sujo, afinal, as coisas mudam, a vida muda, pessoas, sentimentos, dúvidas, tristezas, alegrias e angústias vêm e vão...

Por outro lado, o tempo, ou melhor, a falta dele, somado à dificuldade que temos em lidar com todas as situações da vida, acabam nos fazendo acreditar que deixar para depois é a sempre melhor alternativa. Mas já que não dá pra passar a vida inteira jogando a sujeira pra debaixo do tapete, o jeito é enfrentar a faxina.

Ok! Confesso que não é fácil praticar o desapego, especialmente de coisas não materiais, e que provavelmente estão guardadas há muito em gavetas da memória ou do coração. É difícil vasculhar o que te fez sofrer, ainda que seja com a intenção do “nunca mais”. Nunca mais ver, nunca mais lembrar, nunca mais sentir, nunca mais guardar, nunca mais se lembrar, nunca mais chorar. Dá medo de ir tirando as emoções das gavetas e sofrer novamente. Dá medo de rever as situações com outros olhos e sentir que fez tudo errado. Dá medo de jogar fora as coisas que você sabe que te fazem mal, mas que mesmo assim não tem certeza se quer se quer mesmo se livrar.

Talvez a palavra chave para esse momento seja: coragem! Se te faz ou te fez sofrer tenha coragem e despeça-se. Chore e grite se for necessário (e muitas vezes é), mas seque as lágrimas, recicle o que ainda lhe serve e jogue, sem dó, o restante no lixo. No entanto, se depois disso tudo perceber que ainda vale à pena voltar atrás, dê uma nova chance à você mesmo e corra atrás do prejuízo. Caso contrário, o melhor é preparar o armário para as novas oportunidades.

Também é importante que nos lembremos do lado bom dessa história toda! Olhar pra dentro é uma maravilhosa oportunidade de repensarmos o que somos, como estamos, onde queremos chegar e o quanto já conquistamos. É um motivo para mexer na caixa das lembranças e sorrir enquanto a mente e o coração nos levam à pessoas, músicas, lugares, momentos.

Porque já dizia Caio Fernando Abreu: guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.


Enfim, o nome disso tudo não é praticidade, é amor próprio e paz de espírito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário