Hoje me deu vontade de
remexer nas caixinhas da memória pra falar de nós. Já falei tanta coisa, tantas
vezes e tantas formas, mas ainda sim resolvi escrever, afinal falar de coisas
boas sempre faz bem pra alma. Depois de tantos anos de amizade, quem diria que
nossos caminhos seriam um só? Ou será que era amor desde que nasceu e a gente
nunca soube? Sei lá, e isso, definitivamente não importa. O que faz sentido são
os olhares, os sorrisos, os sonhos, a cumplicidade, os aprendizados e a vontade
de permanecermos juntos na alegria e na tristeza antes mesmo de dizermos aquele
“sim” que sela algo que deram o nome de casamento.
Já foram tantos meses, dias,
horas, segundos, telefonemas, mensagens, encontros, festas de família, docinhos
de festa e km percorridos e, ainda assim, espero que sejam incontáveis os que
ainda estão por vir. Incontáveis também são as músicas que fazem parte da nossa
trilha sonora. É lógico que isso seria inevitável! O que se espera de um
relacionamento de um músico com uma completa apaixonada por música? Música para
todos os lados e em todos os momentos. Ainda me lembro quando ouvi pela
primeira vez “...Vem me livrar do abandono, meu coração não tem dono, vem me
aquecer nesse outono, deixa o sol entrar, deixa entrar o sol...” Posso sentir a
brisa suave, ouvir a chuva cantarolando junto com a música e sentir novamente a
mágica daquele dia. Contudo, sinceramente, naquele momento eu não poderia
imaginar o que esse “sol” era capaz de fazer. O sol que você me trouxe aqueceu
meu coração, deu luz e cor para a minha vida, trouxe aconchego para os dias
difíceis, colo nos dias em que nem eu mesma me aguento e paz para os meus
pensamentos que estão sempre acelerados. Além disso me deu voz para cantar tudo
que existia dentro de mim, deu asas para as minhas linhas que viviam presas ao
papel e me deu forças para lutar por tudo que eu acredito.
Também me lembro das
surpresas, das flores, dos presentes, da apresentação para a família, dos
perrengues, da aprovação no vestibular, dos lugares diferentes, da nossa forma
de comemorar, do dia dos namorados, dos fins de semana em que você estava
longe, da cara de espanto das pessoas quando nos viram juntos, dos amigos que
apoiaram, da minha ou nossa música, do filme que não tivemos coragem de dizer
um ao outro que era horrível, dos shows, das risadas, dos apelidos, das nossas
mãos dadas.
Assim seja.
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