Já falei outras vezes sobre
a minha paixão pelos animais, especialmente cachorros. Por isso, sou
extremamente fã daqueles que tem a atitude e a coragem de cuidar, proteger e
defender os animais. Assim, lendo o texto abaixo tive vontade de compartilhar
com vocês.
"Meu amor pelos animais
me transforma em uma pessoa melhor
Um dia antes do meu
nascimento minha mãe foi na casa de uma amiga que tinha um cão, e ele não saiu
dos pés dela até a hora dela sair. Todo mundo riu e falou que a criança dentro
da barriga iria gostar de animais. Isto seria bem improvável já que, para toda
minha família, animais não tinham espaço em casa. Logo após meu nascimento,
minha avó ganhou uma cadelinha que se chamava Peposa. A vira-latas foi quem me
ajudou com meus primeiros passos, eu me segurava em seu corpinho e ela ia me
ajudando e andando ao meu passo, acredito que reconheci e agradeci sua ajuda
falando seu nome: 'Peposa' foi a primeira palavra que falei depois de mamãe e
papai. Infelizmente não sei o que aconteceu com ela, me falaram coisas como
'ela fugiu' ou 'ela encontrou um namorado', mas sempre soube que na verdade ela
não voltaria nunca mais.
E conforme fui crescendo,
por menos provável que isso fosse, eu ia me apegando cada vez mais aos animais.
Aos 4 anos vi o Orca Show no agora extinto parque de diversões Playcenter e não
entendia porque as pessoas jogavam coisas como papel de sorvete e saquinho de
pipocas na piscina, que eram para mim a 'casa' das baleias e dos golfinhos.
(Hoje, eu continuo não entendo isso e muito menos como acharam que seria boa ideia
trazer duas orcas, golfinhos e leões marinhos para um parque.)
Aos sete anos eu ganhei uma
gatinha - que morreu por ter sido tirada muito cedo de sua mãe - e em seguida
uma cachorrinha, que foi doada pela minha família por motivos que ainda não
sei. Eu queria ter algum animal, na verdade queria cuidar deles. Sonhava em ser
veterinária, e comecei a resgatar animais que eu achava que precisavam de
ajuda, o que incluía tatu-bolas, lesmas, caramujos e formigas. E então com 18
anos ganhei minha cachorra e ela me fez ver o mundo dos animais de maneira
diferente.
Ela, que é da raça Sharpei,
foi criada desde que nasceu com a melhor ração do mercado, visitas regulares
aos pet shop e veterinários e muitas regalias. Em um dia qualquer, algum tempo
depois, vi um homem descartando um cachorro na rua, eu passei por ele
incrédula, o xinguei, o ameacei mas não fiz nada em relação ao animal. Nesta
noite choveu muito, e tudo que eu conseguia pensar era em como aquele animal
estava longe de abrigo, de comida e principalmente de afeto - coisas que a
minha cachorra tinha de sobra. No dia seguinte voltei ao local e ele ainda
estava lá. Peguei-o, levei para um veterinário que viu que ela era fêmea e que
havia sofrido muito. Mesmo assim ela foi muito boazinha e ganhou o nome de Mel,
por ser excessivamente doce e carinhosa. Depois de alguns dias, encontrei uma
família que resolveu ficar com ela, naquela época nem todos tinham e-mail, e a
família me enviava cartas com fotos que mostravam como ela tinha engordado e
como a família toda estava muito feliz com tudo isso.
Esta felicidade não me parou
mais. Já sujei meu nome, já tomei calote, já pedi empréstimo por causa dos
animais. Parece que os bichos que precisam de ajuda vêm até mim, seja gato,
cachorro ou pássaro; não importa, eu vou lá e faço o que posso. Mesmo com
tantos esforços, eu não posso nem me comparar com protetores de verdade,
pessoas que literalmente vivem suas vidas para resgatar e devolver a vida a
animais que sofreram maus tratos.
Mas de qualquer maneira, não
me incomodo de não ser a maior e melhor protetora de todos, apenas sei que o
meu amor pelos animais é verdadeiro e eu sempre procuro emaná-lo para o maior
número de pessoas possíveis. Quero que elas entendam que os animais são dignos
de carinho e amizade e nos proporcionam um sentimento inexplicável que todos
deveriam um dia sentir isso. Somos pessoas incríveis para nossos animais, somos
os melhores, os maiores e os mais sábios, e eu sempre tento ser do jeito que
estes animais me veem. E quando me perguntam porque eu quero tanto salvar os
animais, eu sempre respondo: "Porque a maior parte dos humanos já não tem mais
salvação"”.
Maíra Medeiros
Aqui em Uberlândia há grupos
e ONGs que fazem trabalhos lindos. A APA é uma dessas instituições. São muitos
animais amparados por ela e, consequente, muitos gastos. Por isso, se você pode
ajudar, abaixo seguem as informações.
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